domingo, 21 de dezembro de 2008

.deixa esse bolo de ameixa, e vem mexer.

Foi ali, naquele cantinho privilegado que eles se apresentaram: a Casa das Rosas é cenário perfeito pra esses belos encontros. Debaixo de uma chuva que não parou por um segundo sequer, Mundo Livre S/A, como sempre, deu um show (de gingado e criticidade).

Fábio Malandragem, Tony Regalia, Bactéria Maresia, Marcelo Pianinho e Fred Zero Quatro, sabem bem como misturar sons e induzir a um mexe-mexe que definitivamente "não tem pra ninguém".

A banda que tem quase 25 anos de história, é notável pelo repertório sempre atual, e inovador.

Inacreditável imaginar que Seu Fred Zero Quatro, com seu estilo jovial, colorido e animado, tem mais de 40 anos. Canta e dança como um menino e tira risos do mais ranzinza dos mortais.

O show valeu pelo ritmo, pela beleza do público e pela grandeza do evento e do local que o acolheu. E trouxe clássicos memoráveis de todos os álbuns: Bolo de Ameixa, Meu Esquema, Melo das Musas, Computadores fazem Arte, Mexe Mexe...





Mais sobre a banda: Mundo Livre S/A (o site é lindo).

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

LITTLE JOY - NOVIDADES

Little joy acaba de lançar seu clip na MTV. A banda marca no vídeo tudo o que mostrou no CD, atmosfera bem "Vintage" e um clima bem desencanado. Impressionante como as coisas parecem fluir quando os músicos são bons, no mínimo competentes: junte Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti a um drink legal de um bar americano e terá um dos grandes álbuns do ano, que nasceu de "brincadeira"
Não encontrei o vídeo no youtube, mas é só conferir no mtv overdrive

E quem prefere ao vivo, já pode se programar:

27/01 - Porto Alegre

Local: Bar Opinião

28/01 - São Paulo

Local: Clash Club

30/01 - Belo Horizonte

Local: Festival Freegels

06/02 - Rio de Janeiro

Local: Circo Voador

por Luciana Fracchetta

domingo, 14 de dezembro de 2008

Tom e Vinícius - o musical

O blog anda meio parado, e me envergonho de não ter cumprido aqui a função cultural de divulgar o espetáculo antes que a temporada terminasse, mas como eu só fui assistir a este nos 45 do segundo tempo (leia-se penúltima apresentação), deixo aqui as impressões.

Difícil fazer algo ruim sobre uma das mais geniais duplas brasileiras? Talvez, mas a responsabilidade de retratar a história do Maestro soberano e do Poeta maior já torna por sí as coisas menos fáceis.

Não encontro as palavras certas para descrever o que ví. Montagem delicada e caprichada, sem megalomania de Broadway, elenco escolhido a dedo (só vozerão) e música lindas. De orfeu da conceição até as composições de Tom e Vinícius com outros parceiros.

Bossa Nova quase como uma religião, na platéia sussurros de quem queria cantar junto todas as músicas do espetáculos. Poemas como o soneto da separação e soneto da felicidade, além d'O dia da criação ("porque hoje é sábado")...

Os paulistanos já tiveram sua chance, agora os cariocas que se rendam à bossa!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

HURTMOLD IBIRAPUERA - as impressões


Esse final de semana dezenas de "indies", "cools" "descolados" e afins povoaram as noites do Parque do Ibirapuera, mais precisamente do auditório. Na sexta feira estava eu entre essas pessoas agradáveis e venho aqui deixar minhas impressões sobre o show.
Garantí um lugar relativamente próximo no palco porque comprei meu ingresso com bastante antecedência, a casa estava cheia e com uns 15 minutos de atraso Fernando Cappi (guitarra), Guilherme Granado (vibrafone, teclados e vocal), Marcos Gerez (baixo), Mario Cappi (guitarra), Mauricio Takara (bateria e trompete) e Rogério Martins (percussão e clarone) adentraram o palco do Auditório, cheio de fumaça e iluminação simples. Aspectos audiófilos técnicos: O som tava muito "aberto" sentí que sobrava médio (ou tava faltando o resto?), talvez pela posição onde eu sentei. Ouví dizer que no sábado e no domingo o som tava melhor.

Musicalmente, um grande show. O mais legal de ver os caras ao vivo é a exploração da dinâmica na música, o experimentalismo bem dosado e o espaço de cada instrumento no todo.


E, o apêndice da moda: FALAR MAL DO MARCELO CAMELO


Juro que não é pessoal, nem por modinha. Não vou ficar discutindo se o novo romance do cara segue a moral e os bons costumes, mas sim deixar meu apelo: ALGUÉM AVISA QUE COMO MÚSICO, ELE É UM GRANDE COMPOSITOR? O cara é no mínimo corajoso de chamar o Hurtmold pra ser "banda de apoio" e realmente cara de pau de aparecer no show solo da banda. Diferentemente de Rob Muzarek (trompete) e Thomas Roher (rabeca), dois convidados que realmente somaram ao som dos caras, o camelo ficou lá fritando com seu violão e seu gravadorzinho... produzindo ruídos desconexos... podia muito bem ter cantado Tudo Passa e saído à francesa?! Pelo menos a presença dele foi motivo pra banda tocar o finalzinho de Além do que se vê, o que deixou emocionada essa viúva de Los Hermanos que vos escreve.


Foi bom, foi curto (mais ou menos uma hora), foi bem prestigiado (quantidade e qualidade), foi bonito: valeu a pena.