sábado, 25 de outubro de 2008

Sonny Rollins - As impressões


Um calor de matar, todo mundo derretendo, ambulantes enfiando a faca no preço de tudo. Nada disso conseguiu estragar o show do "legendário" (como disse Zuza Homem de Melo) saxofonista.

Cheguei no Ibira umas 10:50 e dei a sorte de ouvir a passagem de som. Pro meu espanto o gramado que dá para os fundos do Auditório já se encontrava bastante povoado por alternativos cults (ui), quarentões abastados-com-cara-de-quem-é-sócio-do-clube-de-whisky, músicos de gabarito (inclua aí Alex Buck), velinhos estilosos e simpáticos, hippies que tavam de passagem e uma ou outra mulher.
Eis que sobe ao palco o quinteto: Rollins no sax tenor, Robert Broom Jr. na guitarra, Clifton Anderson no trombone, Kobie Watkins na bateria e Robert Cranshaw no baixo... Tudo e mais um pouco que se pode esperar de um GRANDE show de jazz... Músicos que sabemm dialogar e controlar seus respectivos instrumentos, clássicos, influências de outros estilos e execuções de tirar o fôlego. A platéia ficou toda sentadinha até a hora do bis, que merece reportagem cuidadosa: Na volta para o palco Rollins mandou "Isn't she lovely?" de Stevie Wonder e imendou com o classicásso St. Thomas, com um arranjo envolvente no qual dava pra perceber a diversão dos músicos... coisas de jazz!!

Pois é, quem levantou relativamente cedo (10 da manhã pra jazzistas notívagos é madrugada, vai?!), teve a manhã de aguentar o solão e pagar R$3,50 pela garrafinha de água, ganhou de presente um show único, memorável ...programasso do sabadão de manhã.

(E um momento fik dik: Depois do show dei uma bela caminhadinha até o Pé do Parque, restaurante na Rua Nhambú - opções naturebinhas, pessoas e cães bonitos e serviço rápido. - Nota dez pro Smoothie Berry e pra porção de frango com shitake e cebolinha)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sonny Rollins na faixa


Pããããã pãrãpã pãrãpãrã pããããã pãrãpã - vinheta TIIIIIIIIM FÉSTIVALLL

Se o evento deixa a desejar no indie rock, tá mandando muuuuuuito no jazz...

Entre as inúmeras atrações, o blog de pé rapado (com muito orgulho, com muito amor) tem que falar so show de graça, e vamos combinar que não é qualquer show...

Falamos aqui de Sonny Rollins, provavelmente o último dos representantes roots do bebop/ cool jazz o cara acompanhou nomes como Milles Davis e Thelonious Monk e do alto dos seus 78 anos continua mandando muito no sax tenor.

Quem tiver em São Paulo no final de semana, pode conferir na área externa do Auditório do Ibirapuera, as 11 da matina!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

.orquestra imperial.


A Banda:

Thalma de Freitas
Nina Becker
Moreno Veloso
Rodrigo Amarante
Nelson Jacobina
Pedro Sá • Bartolo
Rubinho Jacobina
Berna Ceppas
Kassin
Domenico
Leo Monteiro
Stephane San Juan
César Farias "Bodão"
Wilson Das Neves
Felipe Pinaud
Max Sette
Bidu Cordeiro
Mauro Zacharias


Para saber mais sobre a Orquestra Imperial: SITE e MySpace.

http://www.studiosp.org/

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Presentes

Não sei porque eu ganhei CDs e Dvds... mas já que assim foi, resolví resenhar!!


Primeiro: Café Brasil (esse tem que ser com capricho, que foi presente da Jé e ela tá do meu lado lendo!! hehehe)


Primeiro de tudo O CD TEM LIVRETO!!! Eu me divirto taaaanto com essas coisas! O Encarte muito bem cuidado dá conta de falar um pouco sobre a criação dos classicassos do Chorinho, e detalhes de-li-ci-o-sos sobre a versão que está no cd.


Oo intérpretes valem um parágrafo, um texto, um romance, uma enciclopédia!! Muita gente boa, só pra dar uma noção: Sivuca, Paulinho da Viola, Marisa Monte, João Bosco, Leila Pinheiro... todos emprestando seus respectivos e imensuráveis talentos, sem ter que com isso, descaracterizar o ritmo homenageado pela coletânea.


E se os intérpretes merecem um parágrafo, para os clássicos faltam palavras. Escolhidos à dedo, os choros acabam por ser uma aula aos não-iniciados e emocionar quem já conhece todas essas canções, arranjas e executadas com tanto capricho!


Vamos agora aos DVDs.... comecemos com CHICO BUARQUE!! *-*

Fã que é fã não precisa de muito pra curtir um show como O Carioca, mas nem por isso ele deixa de merecer todo o meu cuidado na escrita. A cenografia simples e marcante contribui para espetáculo que já  são as músicas de Chico Buarque de Holanda muito bem executadas. Obviamente, vale destacar cada um dos músicos:

-Luiz Cláudio Ramos (Violão)
- Jorge Helder (Contrabaixo)
-Marcelos Bernardes (Teclados e Vocais)
-Bia Paes Leme (Piano)
-João Rebouças (Bateria)
-Wilson das Neves (Percussão - o preferido do Chico)

Enfim, vale se deliciar em cada uma das 33 faixas de mais uma obra prima do seu Chico! De clássicos a inéditas. De sambas de Carnaval a crítica social e coração partido, um show para quem sabe apreciar as coisas boas da vida... seja indignado, apaixonado, chifrado e outros "ados".

Pra terminar, atração internacional: John Mayer!

Na minha modesta opinião, baseada em algumas matérias de revistas especializadas e nos ouvidinhos que Deus me deu, o cara é um dos guitar heroes da minha geração.  O show "Where the light is" já começa com um grande diferencial que me cativou: a divisão em 3 sets. Começando com um acústico bem "banquinho, violão", partindo para um power trio jazzístico e terminando com uma banda que interpreta baladas enérgicas com pitadas de groove e rock. Districhemos cada um deles:

Acoustic set: Voz e violão dão um tom intimista a um show imenso!! A mão direita desse cara me deixou boquiaberta e "Neon" me cativou completamente, com uma harmonia gostosa que mescla tons altos e baixos, fazendo a levada (que não muda muito durante a música, é bem verdade) irresistível. Além da manjadíssima "Daughters", velha conhecida do repertório do moço.

Trio set: Músicos fantásticos. Steve Jordan tem uma pegada e tanto e uma maneira única de atacar cada peça da batera enquanto Pino Palladino, além de ter o nome mais legal da banda, tem um puta groove num baixão de presença. Porém, algo não me convenceu na interpretação de "Everyday I have the blues", porque eu sou cri-cri com jazz mesmo, e acho que pra interpretar standarts como esses tem que comer muito arroz com feijão, e o flerte com o blues nem sempre dá certo.

Band: Muita energia, uma pitada de groove. Baladas mais fáceis e "pra cima" dão o tom dessa parte do show, onde o guitarrista desfila todo seu virtuosismo e brinca como um menino que acabou de ganhar sua guitarra.

É isso aí, agradeço, respectivamente a Jé, Bruno e Bia pelos presentes fantásticos e espero que vocês curtam as indicações!



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Antídoto 2008

E está rolando o Antídoto 2008 - seminário internacional de ações culturais em zonas de conflito.
O evento acontece no Itaú Cultural durante todo o mês.  Essa semana teremos shows de Afrosamba e Samba da Vela (dias 9 e 10) , Z'áfrica Brasil, Lirinha, Ilê Ayiê e AfroReggae (dias 11 e 12). E no teatro o grupo Nós do Morro apresentará a peça Machado a 3x4 dos dias 15 a 19 . 
(De 2 a 4 teve mostra de documentários, falha nossa não avisar antes)

E quem não se contenta em assistir à arte pode particpar dos seminários que ocorrem a partir do dia 21.
mais informações no hotsite do evento.

(O Itaú Cultural fica na Avenida Paulista, pertinho da estação Brigadeiro do Metrô... vale a visita mesmo que não seja pra ir ao Antídoto)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Justa Homenagem

Tudo tem uma razão de ser nessa vida, esse blog no caso tem duas. Além de ser o nosso cantinho torto pra contar tudo o que nos passa pela cabeça e pelos ouvidos musicais, é umatentativa de homenagem à música do Belchior "À Palo Seco"Fica aqui um registro da parceria Los Hermanos e Belchior:

E EU QUERO É QUE ESSE CANTO TORTO FEITO FACA CORTE A CARNE DE VOCÊS!!!

sábado, 4 de outubro de 2008

.era iluminada - manguebeat.

É uma mistura de sons, mas para mim: a percussão se destaca! Adoro vê-los, sejam quem forem, gigantes no palco, de pernas livres para dançar e passear pelo palco, e de mãos e braços atentos ao "tum tum" dos tambores, maracás, pratos e pandeiros.

E lá não faltou beleza. Pupillo na bateria é um arraso (o menino que não toca "cruzado" - segundo Siba). Siba, por sua vez, é o rei da simpatia, de palavreado arrastado - gostosíssimo de ouvir, e um riso gigante de satisfação. E havia Jorge du Peixe, cara de bravo, cantando as pérolas da Nação Zumbi e tocando nossos sentidos com aquela voz que é só dele. E tinha a Lia de Itamaracá, negra colorida, dançante, que brilhava em cada frase de ciranda. E teve Fábio Trummer (do Eddie), Canibal, Alessandra Leão, Karina Buhr (do Comadre Fulosinha), Junio Barreto, Lúcio Maia, Gabriel, Dengue, Toca, Eder, Roberto Manoel, Galego do Trombone, João Minuto e Bolinha.

A série Era Iluminada, projeto do SESC, pretendia apresentar um panorama do movimento "MangueBeat" que compõem a rica história da cultura musical brasileira e que, de certa maneira, funcionou como trilha sonora de uma época. E eles acertaram em cheio de novo!



Onde foi: SESC Pompéia
Quando: 27 de Setembro de 2008, Sábado, às 21hs.