domingo, 21 de dezembro de 2008

.deixa esse bolo de ameixa, e vem mexer.

Foi ali, naquele cantinho privilegado que eles se apresentaram: a Casa das Rosas é cenário perfeito pra esses belos encontros. Debaixo de uma chuva que não parou por um segundo sequer, Mundo Livre S/A, como sempre, deu um show (de gingado e criticidade).

Fábio Malandragem, Tony Regalia, Bactéria Maresia, Marcelo Pianinho e Fred Zero Quatro, sabem bem como misturar sons e induzir a um mexe-mexe que definitivamente "não tem pra ninguém".

A banda que tem quase 25 anos de história, é notável pelo repertório sempre atual, e inovador.

Inacreditável imaginar que Seu Fred Zero Quatro, com seu estilo jovial, colorido e animado, tem mais de 40 anos. Canta e dança como um menino e tira risos do mais ranzinza dos mortais.

O show valeu pelo ritmo, pela beleza do público e pela grandeza do evento e do local que o acolheu. E trouxe clássicos memoráveis de todos os álbuns: Bolo de Ameixa, Meu Esquema, Melo das Musas, Computadores fazem Arte, Mexe Mexe...





Mais sobre a banda: Mundo Livre S/A (o site é lindo).

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

LITTLE JOY - NOVIDADES

Little joy acaba de lançar seu clip na MTV. A banda marca no vídeo tudo o que mostrou no CD, atmosfera bem "Vintage" e um clima bem desencanado. Impressionante como as coisas parecem fluir quando os músicos são bons, no mínimo competentes: junte Rodrigo Amarante e Fabrizio Moretti a um drink legal de um bar americano e terá um dos grandes álbuns do ano, que nasceu de "brincadeira"
Não encontrei o vídeo no youtube, mas é só conferir no mtv overdrive

E quem prefere ao vivo, já pode se programar:

27/01 - Porto Alegre

Local: Bar Opinião

28/01 - São Paulo

Local: Clash Club

30/01 - Belo Horizonte

Local: Festival Freegels

06/02 - Rio de Janeiro

Local: Circo Voador

por Luciana Fracchetta

domingo, 14 de dezembro de 2008

Tom e Vinícius - o musical

O blog anda meio parado, e me envergonho de não ter cumprido aqui a função cultural de divulgar o espetáculo antes que a temporada terminasse, mas como eu só fui assistir a este nos 45 do segundo tempo (leia-se penúltima apresentação), deixo aqui as impressões.

Difícil fazer algo ruim sobre uma das mais geniais duplas brasileiras? Talvez, mas a responsabilidade de retratar a história do Maestro soberano e do Poeta maior já torna por sí as coisas menos fáceis.

Não encontro as palavras certas para descrever o que ví. Montagem delicada e caprichada, sem megalomania de Broadway, elenco escolhido a dedo (só vozerão) e música lindas. De orfeu da conceição até as composições de Tom e Vinícius com outros parceiros.

Bossa Nova quase como uma religião, na platéia sussurros de quem queria cantar junto todas as músicas do espetáculos. Poemas como o soneto da separação e soneto da felicidade, além d'O dia da criação ("porque hoje é sábado")...

Os paulistanos já tiveram sua chance, agora os cariocas que se rendam à bossa!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

HURTMOLD IBIRAPUERA - as impressões


Esse final de semana dezenas de "indies", "cools" "descolados" e afins povoaram as noites do Parque do Ibirapuera, mais precisamente do auditório. Na sexta feira estava eu entre essas pessoas agradáveis e venho aqui deixar minhas impressões sobre o show.
Garantí um lugar relativamente próximo no palco porque comprei meu ingresso com bastante antecedência, a casa estava cheia e com uns 15 minutos de atraso Fernando Cappi (guitarra), Guilherme Granado (vibrafone, teclados e vocal), Marcos Gerez (baixo), Mario Cappi (guitarra), Mauricio Takara (bateria e trompete) e Rogério Martins (percussão e clarone) adentraram o palco do Auditório, cheio de fumaça e iluminação simples. Aspectos audiófilos técnicos: O som tava muito "aberto" sentí que sobrava médio (ou tava faltando o resto?), talvez pela posição onde eu sentei. Ouví dizer que no sábado e no domingo o som tava melhor.

Musicalmente, um grande show. O mais legal de ver os caras ao vivo é a exploração da dinâmica na música, o experimentalismo bem dosado e o espaço de cada instrumento no todo.


E, o apêndice da moda: FALAR MAL DO MARCELO CAMELO


Juro que não é pessoal, nem por modinha. Não vou ficar discutindo se o novo romance do cara segue a moral e os bons costumes, mas sim deixar meu apelo: ALGUÉM AVISA QUE COMO MÚSICO, ELE É UM GRANDE COMPOSITOR? O cara é no mínimo corajoso de chamar o Hurtmold pra ser "banda de apoio" e realmente cara de pau de aparecer no show solo da banda. Diferentemente de Rob Muzarek (trompete) e Thomas Roher (rabeca), dois convidados que realmente somaram ao som dos caras, o camelo ficou lá fritando com seu violão e seu gravadorzinho... produzindo ruídos desconexos... podia muito bem ter cantado Tudo Passa e saído à francesa?! Pelo menos a presença dele foi motivo pra banda tocar o finalzinho de Além do que se vê, o que deixou emocionada essa viúva de Los Hermanos que vos escreve.


Foi bom, foi curto (mais ou menos uma hora), foi bem prestigiado (quantidade e qualidade), foi bonito: valeu a pena.

domingo, 16 de novembro de 2008

.duplas de composição.

Top 3.

Tom e Vinicius... (claro!)
- com uma pontinha de vontade de citar Baden Powell, e Toquinho... (dúvida)

Edu Lobo e Chico Buarque (como não...?)
- Se bem que Francis Hime... ai ai.

Roberto e Erasmo Carlos (porque ser brega faz parte!)


Pra não precisar justificar as escolhas... Chega de Saudade, Cambaio e Fera Ferida.

sábado, 15 de novembro de 2008

D.A.N.C.E

Na primeira vez em que eu ouví essa música só conseguir prestar atenção nos vocais...inusitados (? estranhos? meio Júnior da Sandy no começo de carreira?!). Mas ouví mais algumas vezes e esse revival de Jacksons 5 me ganhou!! Tente se segurar na cadeira, ou "DO THE D.A.N.C.E" assistindo ao clip do Justice (no mínimo muito bem sacado):


O Justice é uma dupla francesa de música eletrônica, que lançou seu primeiro álbum, "†" (é esse o nome mesmo) em Junho de 2007 e tem bombado em vários lugares do mundo.


sábado, 8 de novembro de 2008

Top 4 (ou 5)

Uma hora ela pediu 4, outra ela pediu 5... mas vamos lá

Tatuagem (para a peça Calabar de Chico e Ruy Guerra - 1972/73)

"E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço" 


Eis sua aliteração, mas a parte que eu mais gosto é

"Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva"

A bela e a fera (Chico e Edu Lobo - O grande circo místico - 1982)
Se um merece Deixa a menina, o outro merece essa.

"Abre teu coração
Abre teu coração
Ou eu arrombo a janela "

Samba do grande amor (para o filme Para viver um grande amor - 1983)
Porque às vezes é exatamente o que a gente sente... nada melhor do que musicar desilusão

"Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira"

Trocando em miúdos (Chico e Francis Hime - Feijoada Completa 1978)
Ainda sobre os amores que não deram certo, essa é um encanto. A interpretação imbatível de Chico Buarque, com direito à voz embargada torna os versos ainda mais profundos. E por causa dessa música eu comprei meu primeiro CD do pixinguinha.

"Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde "

Agora eleja as 3  melhores duplas de composição da música brasileira, menina colorida!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

.chico buarque de holanda.

Desafiando-te: Quero verso ou frase (trechos) das 4 músicas do Chico que você mais gosta. E uma, com aliteração (em R)... tanam!

As minhas:

* Ela Faz Cinema (Carioca - 2006)

Porque toda mulher tem um pouco de atriz. E porque só Chico é capaz de definir com perfeição como é estar nas mãos de uma mulher.

"Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama"


* Deixe a Menina (Chico Buarque - 1980)

Porque dá vontade de cantar junto, e porque cabe direitinho como trilha de uns moços por aí.

"Por trás de um homem triste
Há sempre uma mulher feliz
E atrás dessa mulher
Mil homens, sempre tão gentis
Por isso, para o seu bem
Ou tire ela da cabeça
Ou mereça a moça que você tem"


* Gota d'água (Gota D'Água - 1975)

Boa pra curtir a fossa nossa de cada dia.

"Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota dágua"


* A História de Lily Braun (O GRande Circo Místico - 1982)

Porque estou encantada por ela nesses últimos dias. Especialmente quando cantada pela Gal.
Acho perfeitas as definições do estado de espírito da moça: "feito uma gema/ Me desmilingüindo toda" e "disparei com as faces/ Rubras e febris".
Uma boa História com começo, meio e fim.

"Como no cinema
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilingüindo toda
Ao som do blues
Abusou do scotch
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris"


* O Meu Amor (Chico Buarque - 1977/1978 - Para a Peça Ópera do Malandro)

Porque o MEU amor tbm...

"Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada"

.
.
.
Escolher só 5 músicas é tão difícil...

.vital e sua moto.

Resposta:

Música de 1983.
Disco: Cinema Mudo
Os Paralamas do Sucesso

Vital e Sua Moto
(Herbert Vianna)

Vital andava a pé e achava que assim estava mal
De um ônibus pro outro aquilo para ele era o fim
Conselho de seu pai:
"Motocicleta é perigoso, Vital.
É duro de negar, filho, mas isto dói bem mais em mim.

"Mas vital comprou a moto e passou a se sentir total
Vital e sua moto, mas que união feliz
Corria e viajava era sensacional
A vida em duas rodas era tudo que ele sempre quis

Vital passou a se sentir total
No seu sonho (de metal)
Vital passou a se sentir total
No seu sonho de (metal)

Os Paralamas do Sucesso iam tentar tocar na capital
E a caravana do amor então pra lá também se encaminhou
Ele foi com sua moto, ir de carro era baixo astral
Minha prima já está lá e é por isso que eu também vou

.
.
.

Foi difícil, confesso.
Mas... Missão Cumprida! (ou não?)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Respondendo

A menina colorida desafiou e cá estou eu com meu top 5... para fazê-lo, escolhi as capas de álbuns seguindo três critérios... aí vão os vencedores de cada uma (ou duas):

Coração:

Esse CD eu devo ter desde os meus 7 anos. Tem histórias liiindas e músicas caprichadas como todo bom trabalho com o selo Palavra Cantada. Ver essa capa me dá até uma paz, porque além de boas lembranças ela me resume a infância: delicada, colorida, sensível e simples.

Ouvidos/coração:

Tive que escolher dois dos meus maiores ídolos...
O álbum Verde que te quero rosa é um clássico e talvez tenha a capa mais estampada em camisetas alternativas/pseudo intelectuais do samba. Honro minhas raízes sambistas e homenageio essa arte "Nua e crua" que me parece perfeita para o álbum de um compositor, sambista da verdade e de verdade.


Queria eu poder viver nesse Wonderful World of  Antonio Carlos Jobim. Suas canções, nesse álbum orquestradas pelo maestro Nelson Riddle, parecem ser traduzidas na capa, que tem essa atmosfera obscura, um "q" de boemia, mistério, alguma introspecção e muito charme. O tratamento da foto, o modelo, tudo colabora.

Ouvidos/ Olhos:


Em Mestro, o Hurtmold coloca o experimentalismo na capa e no conteúdo e o resultado é dos melhores. A arte pode parecer até meio manjada, mas em harmonia com o som me leva longe... linhas fortes e o contraste clássico do preto com o branco criam o que me parece remete a algo de nano/cidade.. ora um bairro, ora um chip...ora prédios, ora uma placa mãe

Olhos:


Essa banda eu conheço há pouco tempo, mas achei a capa uma piração. Completamente oposta ao trabalho do Hurtmold, a arte do álbum Walls do Apparat faz a vida saltar do papel, as linhas fluídas e cores fortes têm toda uma "psicodelia amena" com cara de século XXI

Desafio: Ô Menina Colorida, me responda essa:
Que música é essa que fez sucesso nos anos 80 que fala sobre sonhos, transporte e um show na capital?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

.top 5.

Dia desses, gastei parte do meu domingo organizando meus Cd's. E as capas, e encartes sempre me encantam. Daí eu, que tenho mania de listas, resolvi lançar um desafio à minha companheira de Blog (Vi Sustenida): Listar as 5 capas que ela mais gosta!

Deixo aqui, estampadas, as minhas escolhidas:


* Kate Nash - Made Of Bricks (2007)

Play
Foundations
Mouthwash
Dickhead
Birds
We Get On
Mariella
Shit Song
Pumpkin Soup
Skeleton Song
Nicest Thing
Merry Happy / Little Red (bonus track)

* The Fratellis - Costello Music (2007)

A origem do nome da banda é motivo de divergências. Uma das possibilidades é que o nome tenha sido inspirado no personagem Lotney 'Sloth' Fratelli, do filme The Goonies (1985).

A música "Chelsea Dagger" é muito divertida. E o clipe não é menos simpático...


E eu acho o Jon Fratelli lindo.


* The Cranberries - Wake up and Smell the Coffee (2001)

Da mesma banda, o CD "Bury the Hatchet", lançado em 1999, tem uma bela capa.


* The Beatles - Abbey Road (1969)

Destaque para as lendas sobre a morte de Paul.

Dizem que a imagem do álbum dos Beatles andando em linha simbolizaria o funeral de Paul. John Lennon aparece na frente, vestindo branco. Ele então seria o padre ou o médico. Ringo Star, em segundo, trajando preto, seria o agente funerário. Paul, de paletó, seria o falecido, enquanto que George Harrisson, vestido informalmente, seria o coveiro. Como se pode observar na figura, um carro está disposto bem na direção de Paul. Na Inglaterra, como a posição de direção é na esquerda, o carro então já o teria atingido.
O carro de polícia parado na rua dá parece atender alguma ocorrência, no caso, um acidente de trânsito. Porém três fatos chamam maior atenção dos ‘pesquisadores’ da história: (1)Paul sendo canhoto está segurando um cigarro em sua mão direita. (2) Na Inglaterra, os mortos costumam ser sepultados descalços. Paul é o único que ‘desfila’ sem sapatos. (3)Seus olhos estão fechados.
Além disso, existem outras referências estranhas, como a inscrição da placa de um fusca branco: LMW 28IF. As letras iniciais significariam algo como “Linda McCartney Weeps” (Linda McCartney Chora) ou “Linda McCartney Widow” (Linda McCartney Viúva). Os números, seguidos das iniciais “IF”, seriam uma menção à “28 years IF alive” (28 anos SE vivo). Em uma parede onde está escrito “Beatles – Abbey Road” aparecem alguns furos. Se ligados, os furos formam o número 3, dando a entender que seriam então ‘3 Beatles’.
Sinistro.

O CD traz a música "Come Together"!!!

* Los Hermanos - Bloco do Eu Sozinho (2001)

Porque a capa combina com a proposta de trabalho.
(Motivos pessoais, confesso!).

Lembrando que os 3 outros CD's da banda não fazem por menos: são criativos, com capas e repertório de bom gosto indiscutível.
Ponto.

sábado, 25 de outubro de 2008

Sonny Rollins - As impressões


Um calor de matar, todo mundo derretendo, ambulantes enfiando a faca no preço de tudo. Nada disso conseguiu estragar o show do "legendário" (como disse Zuza Homem de Melo) saxofonista.

Cheguei no Ibira umas 10:50 e dei a sorte de ouvir a passagem de som. Pro meu espanto o gramado que dá para os fundos do Auditório já se encontrava bastante povoado por alternativos cults (ui), quarentões abastados-com-cara-de-quem-é-sócio-do-clube-de-whisky, músicos de gabarito (inclua aí Alex Buck), velinhos estilosos e simpáticos, hippies que tavam de passagem e uma ou outra mulher.
Eis que sobe ao palco o quinteto: Rollins no sax tenor, Robert Broom Jr. na guitarra, Clifton Anderson no trombone, Kobie Watkins na bateria e Robert Cranshaw no baixo... Tudo e mais um pouco que se pode esperar de um GRANDE show de jazz... Músicos que sabemm dialogar e controlar seus respectivos instrumentos, clássicos, influências de outros estilos e execuções de tirar o fôlego. A platéia ficou toda sentadinha até a hora do bis, que merece reportagem cuidadosa: Na volta para o palco Rollins mandou "Isn't she lovely?" de Stevie Wonder e imendou com o classicásso St. Thomas, com um arranjo envolvente no qual dava pra perceber a diversão dos músicos... coisas de jazz!!

Pois é, quem levantou relativamente cedo (10 da manhã pra jazzistas notívagos é madrugada, vai?!), teve a manhã de aguentar o solão e pagar R$3,50 pela garrafinha de água, ganhou de presente um show único, memorável ...programasso do sabadão de manhã.

(E um momento fik dik: Depois do show dei uma bela caminhadinha até o Pé do Parque, restaurante na Rua Nhambú - opções naturebinhas, pessoas e cães bonitos e serviço rápido. - Nota dez pro Smoothie Berry e pra porção de frango com shitake e cebolinha)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sonny Rollins na faixa


Pããããã pãrãpã pãrãpãrã pããããã pãrãpã - vinheta TIIIIIIIIM FÉSTIVALLL

Se o evento deixa a desejar no indie rock, tá mandando muuuuuuito no jazz...

Entre as inúmeras atrações, o blog de pé rapado (com muito orgulho, com muito amor) tem que falar so show de graça, e vamos combinar que não é qualquer show...

Falamos aqui de Sonny Rollins, provavelmente o último dos representantes roots do bebop/ cool jazz o cara acompanhou nomes como Milles Davis e Thelonious Monk e do alto dos seus 78 anos continua mandando muito no sax tenor.

Quem tiver em São Paulo no final de semana, pode conferir na área externa do Auditório do Ibirapuera, as 11 da matina!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

.orquestra imperial.


A Banda:

Thalma de Freitas
Nina Becker
Moreno Veloso
Rodrigo Amarante
Nelson Jacobina
Pedro Sá • Bartolo
Rubinho Jacobina
Berna Ceppas
Kassin
Domenico
Leo Monteiro
Stephane San Juan
César Farias "Bodão"
Wilson Das Neves
Felipe Pinaud
Max Sette
Bidu Cordeiro
Mauro Zacharias


Para saber mais sobre a Orquestra Imperial: SITE e MySpace.

http://www.studiosp.org/

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Presentes

Não sei porque eu ganhei CDs e Dvds... mas já que assim foi, resolví resenhar!!


Primeiro: Café Brasil (esse tem que ser com capricho, que foi presente da Jé e ela tá do meu lado lendo!! hehehe)


Primeiro de tudo O CD TEM LIVRETO!!! Eu me divirto taaaanto com essas coisas! O Encarte muito bem cuidado dá conta de falar um pouco sobre a criação dos classicassos do Chorinho, e detalhes de-li-ci-o-sos sobre a versão que está no cd.


Oo intérpretes valem um parágrafo, um texto, um romance, uma enciclopédia!! Muita gente boa, só pra dar uma noção: Sivuca, Paulinho da Viola, Marisa Monte, João Bosco, Leila Pinheiro... todos emprestando seus respectivos e imensuráveis talentos, sem ter que com isso, descaracterizar o ritmo homenageado pela coletânea.


E se os intérpretes merecem um parágrafo, para os clássicos faltam palavras. Escolhidos à dedo, os choros acabam por ser uma aula aos não-iniciados e emocionar quem já conhece todas essas canções, arranjas e executadas com tanto capricho!


Vamos agora aos DVDs.... comecemos com CHICO BUARQUE!! *-*

Fã que é fã não precisa de muito pra curtir um show como O Carioca, mas nem por isso ele deixa de merecer todo o meu cuidado na escrita. A cenografia simples e marcante contribui para espetáculo que já  são as músicas de Chico Buarque de Holanda muito bem executadas. Obviamente, vale destacar cada um dos músicos:

-Luiz Cláudio Ramos (Violão)
- Jorge Helder (Contrabaixo)
-Marcelos Bernardes (Teclados e Vocais)
-Bia Paes Leme (Piano)
-João Rebouças (Bateria)
-Wilson das Neves (Percussão - o preferido do Chico)

Enfim, vale se deliciar em cada uma das 33 faixas de mais uma obra prima do seu Chico! De clássicos a inéditas. De sambas de Carnaval a crítica social e coração partido, um show para quem sabe apreciar as coisas boas da vida... seja indignado, apaixonado, chifrado e outros "ados".

Pra terminar, atração internacional: John Mayer!

Na minha modesta opinião, baseada em algumas matérias de revistas especializadas e nos ouvidinhos que Deus me deu, o cara é um dos guitar heroes da minha geração.  O show "Where the light is" já começa com um grande diferencial que me cativou: a divisão em 3 sets. Começando com um acústico bem "banquinho, violão", partindo para um power trio jazzístico e terminando com uma banda que interpreta baladas enérgicas com pitadas de groove e rock. Districhemos cada um deles:

Acoustic set: Voz e violão dão um tom intimista a um show imenso!! A mão direita desse cara me deixou boquiaberta e "Neon" me cativou completamente, com uma harmonia gostosa que mescla tons altos e baixos, fazendo a levada (que não muda muito durante a música, é bem verdade) irresistível. Além da manjadíssima "Daughters", velha conhecida do repertório do moço.

Trio set: Músicos fantásticos. Steve Jordan tem uma pegada e tanto e uma maneira única de atacar cada peça da batera enquanto Pino Palladino, além de ter o nome mais legal da banda, tem um puta groove num baixão de presença. Porém, algo não me convenceu na interpretação de "Everyday I have the blues", porque eu sou cri-cri com jazz mesmo, e acho que pra interpretar standarts como esses tem que comer muito arroz com feijão, e o flerte com o blues nem sempre dá certo.

Band: Muita energia, uma pitada de groove. Baladas mais fáceis e "pra cima" dão o tom dessa parte do show, onde o guitarrista desfila todo seu virtuosismo e brinca como um menino que acabou de ganhar sua guitarra.

É isso aí, agradeço, respectivamente a Jé, Bruno e Bia pelos presentes fantásticos e espero que vocês curtam as indicações!



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Antídoto 2008

E está rolando o Antídoto 2008 - seminário internacional de ações culturais em zonas de conflito.
O evento acontece no Itaú Cultural durante todo o mês.  Essa semana teremos shows de Afrosamba e Samba da Vela (dias 9 e 10) , Z'áfrica Brasil, Lirinha, Ilê Ayiê e AfroReggae (dias 11 e 12). E no teatro o grupo Nós do Morro apresentará a peça Machado a 3x4 dos dias 15 a 19 . 
(De 2 a 4 teve mostra de documentários, falha nossa não avisar antes)

E quem não se contenta em assistir à arte pode particpar dos seminários que ocorrem a partir do dia 21.
mais informações no hotsite do evento.

(O Itaú Cultural fica na Avenida Paulista, pertinho da estação Brigadeiro do Metrô... vale a visita mesmo que não seja pra ir ao Antídoto)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Justa Homenagem

Tudo tem uma razão de ser nessa vida, esse blog no caso tem duas. Além de ser o nosso cantinho torto pra contar tudo o que nos passa pela cabeça e pelos ouvidos musicais, é umatentativa de homenagem à música do Belchior "À Palo Seco"Fica aqui um registro da parceria Los Hermanos e Belchior:

E EU QUERO É QUE ESSE CANTO TORTO FEITO FACA CORTE A CARNE DE VOCÊS!!!

sábado, 4 de outubro de 2008

.era iluminada - manguebeat.

É uma mistura de sons, mas para mim: a percussão se destaca! Adoro vê-los, sejam quem forem, gigantes no palco, de pernas livres para dançar e passear pelo palco, e de mãos e braços atentos ao "tum tum" dos tambores, maracás, pratos e pandeiros.

E lá não faltou beleza. Pupillo na bateria é um arraso (o menino que não toca "cruzado" - segundo Siba). Siba, por sua vez, é o rei da simpatia, de palavreado arrastado - gostosíssimo de ouvir, e um riso gigante de satisfação. E havia Jorge du Peixe, cara de bravo, cantando as pérolas da Nação Zumbi e tocando nossos sentidos com aquela voz que é só dele. E tinha a Lia de Itamaracá, negra colorida, dançante, que brilhava em cada frase de ciranda. E teve Fábio Trummer (do Eddie), Canibal, Alessandra Leão, Karina Buhr (do Comadre Fulosinha), Junio Barreto, Lúcio Maia, Gabriel, Dengue, Toca, Eder, Roberto Manoel, Galego do Trombone, João Minuto e Bolinha.

A série Era Iluminada, projeto do SESC, pretendia apresentar um panorama do movimento "MangueBeat" que compõem a rica história da cultura musical brasileira e que, de certa maneira, funcionou como trilha sonora de uma época. E eles acertaram em cheio de novo!



Onde foi: SESC Pompéia
Quando: 27 de Setembro de 2008, Sábado, às 21hs.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

.achados.

Chico Buarque criou Julinho de Adelaide, quando passou a ser reconhecido pelos censores do regime militar, na década de 70. Na intenção de burlar a censura criou esse heterônimo. E deu certo! Acorda amor, Jorge maravilha e Milagre brasileiro passaram pela censura sem maiores problemas. Julinho chegou até a dar uma entrevista para o jornal Última Hora sobre sua carreira em ascensão. O jornalista e escritor Mário Prata, que o entrevistou em 1974, relembra esse episódio (segue o link) .


http://www.chicobuarque.com.br/sanatorio/julinho.htm
Maravilha... Chico e Julinho nas palavras de Mario Prata.

domingo, 28 de setembro de 2008

Roberta Sá, no Circuito Original 2008

Logo no início do show ela fez referência justa à beleza do lugar. O Centro Velho de São Paulo é mesmo colírio para os olhos, tantos são os detalhes, tantos são os tons de cinza (inclusive do céu, na tarde de Sábado)... E aquele bar é mesmo sensacional.

Nela - há beleza, de formas e de voz. Os sambas são bem escolhidos, e os músicos que a acompanham no violão, cavaquinho, guitarra e percussão (Rodrigo Campello, Antonia Adnet e Élcio Cáfaro) dispensam qualquer comentário. Diga-se de passagem que Élcio Cáfaro é um show a parte, e o "Interessa?" dele, participação na música de mesmo nome, é delicioso de se ouvir.

Falta a Roberta Sá o samba no pé... E digo, que nesse caso, falta muito. É cansativo ver as ensaiadas abaixadinhas nas paradas da música, e as "pseudo-reboladas" quando a música grita por um remelexo da cantora.

Mas, não se pode ter tudo... Ou pode?!


Roberta Sá fecha, com chave de ouro, o Circuito Original 2008!

sábado, 27 de setembro de 2008

Programas

Dica pros paulistanos duros que não querem saber de ficar em casa (as dicas aqui postadas são fruto de experiência própria)...

De quinze em quinze dias acontece aos sábados, na Praça Dom José Gaspar (pertinho do metrô anhangabaú) o Piano na Praça, dois pianistas se apresentam entre as 15:00 e 17:00. Por lá já passaram nomes como Francis Hime, Leila Pinheiro e Eduardo Dusek...tuso de graça e a céu aberto! Quem tiver com uma graninha sobrando, indico o restaurante Santa Fé quecoloca mesas na praça, atrás do palco e tem uma torta de chocolate pitel!

Pra quem não curte piano, já tem programa pro sábado ou nenhuma das alternativas anteriores eu indico o site CULTURANDO que concentra bos parte de tudo cultural que acontece na terrinha e ainda tem umas colunas ótimas!!

Vou ficando por aqui, afinal "todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite"

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

.imagem e som.

Música boa há de ter letra boa de cantar e um som que inebrie os sentidos. Los Hermanos é a junção perfeita de engenho e arte, técnica e talento. E se ouví-los é assim algo que beira o indefínivel. Ver também não é menos delicioso.

Luau MTV (2002)
Cine Íris (2005)
Fundição Progresso (2008)

Presenteio-nos com boas imagens, em animações de bom gosto.
Deliciemo-nos!


Dois Barcos


A Flor


Paquetá

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

.e eu ainda gosto dela.

O Skank lança um Cd novo dia 1º: Estandarte.


Eu ainda Gosto dela - c/ participação da Negra Li

Para saber mais: Skank

domingo, 21 de setembro de 2008

Frejat...

Com mais uma proposta solo, o cantor Frejat lançou recentemente o CD "Intimidade entre Estranhos" - que poderia ser mais isso e aquilo, mas que é exatamente o que se precisa ouvir quando se está apaixonado.
Cheias de declarações de amor, e afagos em notas musicais, as músicas são perfeitas Trilhas Sonoras de Casos de Amor.

Por hora, a letra da música que dá nome ao Álbum:

Intimidade entre Estranhos

Do outro lado, tarde da noite
Eles perdem a linha outra vez
Ela jura que agora acabou
Ele sabe a bobagem que fez
Os gritos, a porta batendo
Ela quer que ele diga por quê
Não quero escutar, mas escuto
E eu sei que eles sabem que eu sei
Nada é tão lento quanto o tempo aqui dentro
Eu e eles e a nossa dor
Nada é tão denso quanto o tempo em silêncio
Eu e eles no elevador
Do outro lado e eu sei que eles sabem
Que eu andei bebendo de novo
Que eu gritei pra lua o seu nome
Que foi outra noite sem sono
Eles devem ter se assustado
Quando ouviram o vidro quebrando
E eu escondo a mão enfaixada
Quando o elevador vai chegando
Intimidade entre estranhos
Perfume e pasta de dente
E um outro cheio qualquer
Que a gente faz que não sente
Nada é tão lento quanto o tempo aqui dentro
Eu e eles e a nossa dor
Nada é tão denso quanto o tempo em silêncio
Eu e eles no elevador

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A vontade (sem crase mesmo)

Normalmente o primeiro post é uma coisa toooda de boas vindas. Resolvi ir por outro caminho que é bem comum e válido, tentarei dar uma idéia do que queremos com esse cantinho torto!

Aqui "a ordem é samba" rock, mpb, maracatu, chorinho, jazz, eletrônico e tudo mais que possa soar bem. Como a descrição diz, somos duas mocinhas de ouvidos afinados e abertos a tudo que faça barulho e mãos ávidas por escrever sobre aquilo que possa valer a pena.

E tudo surgiu naturalmente, em um dos bons papos. As duas sempre soaram meio parecido, e mesmo se conhecendo há pouco tempo sentiram a necessidade de construirem juntas um cantinho, pra que os prazeres que dividem entre elas possam ser de todo mundo!

Mais do que um "projeto" com um super "objetivo" e mais todos os outros termos sérios, esse blog é uma vontade. Coisa que nunca faltou pra nenhuma das duas!

Acho que os primeiros sons que merecem reportagem aqui tem que ter raiz hermanica, que fique então:

Little Joy - Banda nova do Amarante com Fabrizio Moretti (batera do Strokes)
Sou - Marcelo Camelo solo

Por enquanto é só, mas algo me diz que ninguém perde por esperar....