Ai, como eles sorriem.
E como é intenso o brilho daquela gente de sotaque nordestino e de gingado brasileiro.
E a batucada atiçando os sentidos...
Pés fora do chão, olhos atentos ao movimento da percussão, forte e ritmada, esquentando a alma da gente. Pandeiro, alfaia, tambor que aceleram rebolados, e fazem o povo todo entrar num extase coletivo inebriante, e bonito de ver.
Gosto do discurso de revolução. E dos moços, que saltitam e viram muitos no palco.
Amorenados, de sorriso largo - como gosto de vê-los!
E não me canso de ouvir:
As histórias sobre Canudos (A Matadeira), do moço que pede "Pai, me ensina a ser palhaço" (O palhaço do Circo sem Futuro), da moça que se joga da janela (A teus pés), o fã que morava no Carandiru (Memórias dos Cárcere)...
A poesia de Zé da Luz...
É tanto encantamento, que faltam palavras.
Me apaixono toda vez.
E não consigo me isentar de emoção ao falar desses meninos!
E me orgulho de ter artistas assim no meu país.
Que as fotos falem por si: