Ouço reclamações sobre a Virada Cultural de São Paulo de quase todo mundo que se "arriscou" pelas ruas do Centro. E sim, eu também notei a sujeira, o tumulto em alguns shows e o excesso de empolgação de alguns "jovenzinhos desmiolados", mas isso, de maneira alguma, atrapalhou minha diversão.
Afinal, somos paulistanos, ou não? Conhecemos de fato nosso povo e nossa cidade, ou não?
A Virada Cultural aconteceu nos dias 2 e 3 de Maio, e estimava 3 milhões de pessoas nas ruas (alcançamos a marca de 4 milhões), indo atrás de espetáculos como em procissão, animados por cervejas e vinhos, e pela companhia de amigos (os de sempre, e os conquistados ali, na hora, em filas, em "muvucas", em danças apertadas no meio da multidão).
Sim, eu já sabia que seria assim!
(Afinal, essa é a 4ª Virada em que passeio apaixonada...)
Por esse motivo, mesmo querendo muito, evitei shows como o da Maria Rita, Zeca Baleiro, Novos Baianos... E atravessei sorridente a Rio Branco, Sta. Efigênia, São João, República, Anhangabaú...
Se eu reparei na bagunça? Sim! Reparei, claro.
Mas era pouco diante da beleza que é ver nossa São Paulo iluminada às 2 da manhã, florida de moças de flor no cabelo, de meninos que sambam rodopiando lindamente, e de som. Porque atualmente não há maior beleza do que poder caminhar aqueles caminhos sem medo da escuridão.
Pra festejar tal liberdade, vimos, ouvimos, dançamos e cantarolamos com:
Cia de Artes do Baque Bolado passeando pela cidade
Farufyno e Trio Mocotó na Avenida Rio Branco
Curumim no Largo da Santa Efigênia
Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé cantando Tim Maia Racional (1975) na São João
Nação Zumbi na Praça da República
Wado, Banda Eddie e Otto no SESC Santana
Se foi bom?
Em boa companhia, o que é que pode ser de todo ruim? hein?!
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