domingo, 20 de dezembro de 2009

Pullovers e Ludov no CCSP

Queridos tortinhos, que saudade desse canto!
É, vestibular/ faculdade não nos deixa muito tempo pra ouvir com calma, escrever com calma. Mas a vida é tão rara e o fim do ano inspira férias de um jeito que não dava pra perder essa delícia em pleno sábado ensolarado, muito menos deixar de registrá-la.

Fiquei sabendo do derradeiro show via twitter, outra maravilha atual. Era censura livre, era baratinho, era perto do metrô. Não ir seria uma falta de decência, então às 17hrs estava eu na bilheteria do CCSP, prontinha pra pegar meu ingresso e ainda ver a passagem de som e ainda ficar pertinho de Habacuque Lima, Mauro Motoki e Luiz Venâncio lá no café. Duas horinhas falando besteiras com minhas boas e velhas amigas e desfilando meu vestidinho pelas rampas do CC e já estava na hora de ver e ouvir.

E como Pullovers é uma delicinha, aliás foi essa a grande moral de sábado. Já conhecia ludov e não duvidava deles, mas Ah* Pullovers (suspiro apaixonado). Como cativam esses nerdzinhos paulistanos, com seu leve bairrismo, sua estagiária de contabilidade, seus craques tímidos que de alguma maneira usavam óculos na alma. (vide entrevista, se não acreditar em mim)
Pena o áudio ser ruim, o vocal estar baixo e a bateria estourando. Se nessas condições o show foi uma delícia... imagina se a acústica e o sistema de som ajudasse!

E aí veio Ludov, com um set list que contemplou várias fases da banda, dando lógica preferência ao último CD, Caligrafia. Existe alguém mais encantador que o Motoki na escaleta? Tá, o Bruno Serroni no cello rivaliza...e ai, o Habacuque também, e a Vanessa. QUE ENCANTO. A timidez pulloveriana deu lugar a hipertividade dos ludovicos e ninguém achou ruim, o público respondeu à altura com pulinhos, gritinhos e palma e coro. E o queee foi aquele Bis com "madeira naval" e "trânsito" foi pra machucar meu coração de vez? Fui embora leve como quem passou o dia dançando Dois a rodar

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Eu náo sei dicer pórtugueis"

Beirut fez o carnaval indie no Via Funchal.




Ressalto Beirut porque eles mostraram que são muito mais que banda de apoio do Zach Condon. Mas comecemos pelo começo.

Uma noite perto da Daslu. Muitos indies. Aqueeele clichê. A nata da social cult estava por lá: Indie-brechó, Indie-teatro, Indie-bukowski, Indie-pai, Indie-filho. Eram barbas, cabelos e bigodes. Chapéus-coco, boinas e panamás. Xadrez, all-star, reverbcity, conto do vigário, nonsense, needles & pins, sound & vision e mais (inclua sua enumeração indie aqui). E valeu a pena chegar antes pra fazer o people wathcing nosso de cada dia e chegar a essas conclusões.

Valeu a pena chegar mais cedo? Opa, retiro o que eu disse. Quem dera atrasar e perder a “banda” de abertura. Manacá entrou no palco com aquele ambiente de churrascaria. As pessoas procuravam sua CADEIRAS (erro 1: show sentado) enquanto a banda assassinava “Canto de Ossanha” (erro 2, muito pior).

É meus amigos, nada é bom demais que não possa ter o dedo da Dona Globo pra botáafudê. A banda da Capitolina tinha que dar o ar da graça pra justificar o sucesso de “Elephant Gun”. O mais engraçado é que a banda é, de fato, da Capitolina. Leticia Persiles tá precisando de uma desobsesão pra se livrar na personagem da microsérie. A atitude forçada, a voz fraquinha e a miscelânia errada de culturas garantiu um espetáculo de interrogações na platéia: O que essa mina tá fazendo aí?

Salvou-se Toninho Ferraguti, Claro. Mas por favor, muito pesudo essa mistura de marcatu, milonga, música clássica, rock pesado e bossa nova. Mais sorte da próxima vez, Manacá.

Mas aí veio Beirut e ninguém mais se importou. Começou logo com Nantes e a plateia por sí corrigiu o erro 1: todo mundo de pé, de forma bastante civilizada, inclusive respeitando a divisão monetária do negócio. Pagou menos, ficou atrás, não reclamou. Não demorou muito pra tocarem “Elephant Gun” que não foi tão cerejinah do bolo quanto eu imaginava. QUE ÓTIMO. A animação do público era tão grande que não teve muita diferença entre o hit e o resto. Tudo igualmente animado, uma beleza!

LEÃOZINHO! LEÃOZINHO! Se a plateia não cala, Zach arrisca o refrão e diz que esqueceu a letra (oh fuck!) e o baixista dá uma palinha só pra gente passar vontade. Decepcionou ? Talvez. Comprometeu? Jamais! Até porque teve Brazil, sambinha do bom pra inglês ver. Javanaise, Serge Gainsbourg pra ano da França do Brasil nenhum botar defeito!

Uma salva de palmas a todos os músicos do coletivo: mesmo com formação reduzida a banda não decepcionou. Paul Collins animadíssimo. Ao menos, penso que era ele. Os nerdinhos trocam tanto de intrumento que é díficil encotnrar a informação certa de quem é quem.

“Toca Raul”, Zach divertiu, se divertindo. Magnetismo deve ser a palvra. Sintonia de muitos. Uma coisa forte.

Fimzinho. “This will be our last song. It would be nice if you came close to the stage”. SIIIM, todo mundo pra área Vip, mas longe do caos baiano. Mostramos o que os baiano não tiveram, um público educado. anfitriões que sabem se portar como bons convidados. O Zach também não tava ridiculamente bêbado e parece ter curtido de verdade mesmo o show. Foi lindo demais, foi lindo. De tão lindo, a platei barulhentíssima e muito preseverante ganhou até uma canjinha pós bis.




O via Funchal era uma festa.



Setlist
1.Nantes
2.The Shrew
3.Cozak
4.Elephant Gun
5.Scenic World
6.My Wife
7.Postcards from Italy
8.The Akara
9.La Javanaise (Serge Gainsbourg cover)
10.Mount Wroclai (Idle Days)
Encore:
11.Cherbourg
12.A Sunday Smile
Encore 2:
13.Brazil
14.Siki Siki Baba (Kocani Orkestar cover)
15.My Night With The Prostitute From Marseille
Encore 3:
16.Gulag Orkestar

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Rapidinhas: Vagarosa


Passei rapidinho, rapidinho pra deixar o som novo da Céu.
Tô ouvindo agora, digerindo. Afastou-se do samba, flertou reggae ("dorme dorme babilônia" e tudo!) até o ska, assumiu o eletro de vez, latinizou, música claramente nova, graves gostosinhos. Bom sim.
Destaque pro cover de Jorge Ben como sotaque de Los Sebosos Postizos...e Luiz Melodia em "Vira Lata" pro samba não morrer!

Ouça aqui!

domingo, 9 de agosto de 2009

.dizmaia.

Batendo cartão no StudioSp, estivemos lá sábado. Dessa vez, para comemorar meu aniversário de 25 anos, ao som da banda Dizmaia.
Foi uma jogada audaciosa arriscar tal comemoração num show que não tínhamos sequer idéia de como seria. Banda pernambucana, cantando músicas de Tim Maia. Tal qual Del Rey que toca lindamente Roberto Carlos. Tal qual Seu Chico que toca Chico Buarque de um jeito que não nos agradou.

Arriscamos e a surpesa não poderia ser melhor: Eles são muito bons, simpatissíssimos e de bom gosto. O repertório não poderia ser melhor esolhido...

Pra completar a alegria da noite, após dançar incansavelmente, saímos da festa sem cheirinho de cigarro!

Pra ficar registrado o primeiro som: Rational Culture.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Homenagis

Cacildis! Hojis faz quinzis anos que o Mussum se foizis!E como pulularam manifestações do Mussum day, nosso humilde blog não fica de fora e faz uma homenagem sonora ao eterno Rei do Mé.

Antes de ser Musssum, Antônio Carlos Bernardes Gomes integrava o grupo Os Originais do Samba, que na década de 60 e 70 acompanhavam grandes lendas da música brasileira como Armando Geraldo, Jair Rodrigues, Vinicius de Moraes, Elis regina, Baden Powell e Jorge Ben (ainda era Jor).

O grupo continua na ativa, com uma formação bem diferente é claro... mas é samba(rock) do bom!

Fica aqui umas das minhas preferidas do grupo, Falador passa mal:

terça-feira, 28 de julho de 2009

.pra não dizer que não falei... deles.

Tinha tudo pra ser bom... mas não foi.

Dia 25 de Julho, Studio SP.

Esperamos empolgados o show do Seu Chico, pois, um vídeo na Internet mostrou-nos que os caras eram bons. E realmente são!
Excelentes músicos, e só.

Pra começar, a entrada demorou muito... e às 2 horas da manhã, ainda driblavámos o "saco cheio de esperar" em prol do objetivo a que viemos.

Na primeira fila, vimos os preparativos e esperamos,
esperamos,
esperamos...

E finalmente quando entraram, fomos tomados por uma estranha repulsa.
Bom artista é quem consegue, além de mostrar a proposta musical, ter uma postura atraente no palco. É ou não é?

Pois então, na terceira música já estavamos sem paciência para o "estrelismo" dos moços. Muito bonitinhos, e pouco bacanas. Deixando-nos com a sensação de que tocar ali, para nós, era mero favor. Chato e desnecessário.

Faltou simplicidade, acho. A música de Chico Buarque tem uma leveza que dispensa certas mostras de "ai como somos os tais".

Faltou.
Cansei.
E me retirei.

Em síntese: Seu Chico é bom de ouvir, ruim de ver.





Mas, o DJ que antecedeu a entrada da banda era demais!
Valeu a noite!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

.Otto como companhia.


Na música "Por que", o Otto diz: "seu rosto é mais bonito rindo"...
E hoje, a frase cabe bem como companhia nesse dia cinza.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Left Right Left Right Left - É DE GRAÇA!

O Coldplay também aderiu a moda do "baixa eu que é de graça" e disponibilizou há um mês o álbum Left Right Left Right Left em seu site. A compilação de alguns sucessos dos ingleses gravados nos shows da última turnê também tem sido distribuida aos fãs que continuam gastando seu rico dinheirinho pra ver os britânicos nos palcos, mesmo com a famigerada crise.

Muito mais do que uma atitude hype-bonitinha, achei a fina flor do marketing de nossos tempos. Digo isso baseada no meu humilde exemplo. Eu, que nunca fui uma grande fã de Coldplay, me ví com bastante vontade de investigar os boatos de que a banda vem pro Brasil e desembolsar meu rico dinheirinho para vê-los. Não sei se foi a comoção épica de Viva la Vida ou a melodia cativante de Strawberry Swing, ambas do álbum mais recente do grupo - Viva La vida or Death and all his friends - ou quem sabe pelos sucessinhos da fossa que dizem tanto mesmo sendo kinda cliché, como Fix You. Eu sempre achei que "o grito da galera ao vivo tem poder" e mesmo que meus amigos tenham feito crescer o preconceito em realação à banda, é inegável a vontade de , literalmente, pagar pra ver que o álbum gratuito despertou. Ponto pra Chris Martin e seus amigos!

Enfim... é só clicar, baixar, concordar e/ou discordar.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

.Michael.

Tá bom então. O cara morreu. Uma pena. Todos os veículos de informação falam sobre isso. Sobre a more e sobre ele: a carreira, a infância, as loucuras pós explosão de sucesso. Cansa muito...

Pensei em não escrever. Primeiro porque nunca fui aficcionada pelo artista, nem por sua música. Segundo porque já falaram de mais.

Mas vai...
Ele é bom sim.

Gostei desse vídeo - clássico, clichê e delicioso de rever.



E só.

terça-feira, 16 de junho de 2009

.Del Rey, no Studio SP.

Dia 12/06 (Dia dos Namorados), o Del Rey se apresentou no StudioSP.
O Show começou às 2hs da madrugada e terminou pós 4h30. Sim, foi longo, animado e repleto e participações especiais - uma delas, do Clemente dos Inocentes.

Teve recadinhos sendo lidos no palco, concurso de samba, beijos de casais apaixonados, e muita música boa, lindamente interpretada pelos garotos.

China divertiu-nos (e divertiu-se)... como sempre.
Foi bom!
ps. Dia 12/06 o Dj que antecedeu o show era péssimo.


Uma consideração pessoal sobre o StudioSp:
Eu preferia quando era na Vila Madalena!
O fácil acesso à Augusta aumentou e modificou o público. Sei que isso está longe de ser algo ruim, especialmente para a casa. Mas, egoístamente não aprovo essa "versão-balada" do StudioSp.
A qualidade dos músicos que ali se apresentam continua excelente, também a decoração é tão ou mais bonita que antes. No entanto, sinto falta das moças de colar de pérola, do ambiente mais leve do segundo andar, da vista da noite paulistana iluminada, dos corredores com o som mais baixo, dos sofás onde esticava as pernas depois de muito dançar...
Há um pouco de nostalgia nesse meu comentário, confesso.
Porém, alguma mudança fará bem aos meus olhos e ouvidos. Há de, no mínimo, ser motivo pra uma busca por novas rotas a procura de bons lugares em São Paulo.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

.aquele cheiro, som, imagem do seu corpo... incendeia.

Ai, como eles sorriem.
E como é intenso o brilho daquela gente de sotaque nordestino e de gingado brasileiro.
E a batucada atiçando os sentidos...
Pés fora do chão, olhos atentos ao movimento da percussão, forte e ritmada, esquentando a alma da gente. Pandeiro, alfaia, tambor que aceleram rebolados, e fazem o povo todo entrar num extase coletivo inebriante, e bonito de ver.
Gosto do discurso de revolução. E dos moços, que saltitam e viram muitos no palco.
Amorenados, de sorriso largo - como gosto de vê-los!
E não me canso de ouvir:
As histórias sobre Canudos (A Matadeira), do moço que pede "Pai, me ensina a ser palhaço" (O palhaço do Circo sem Futuro), da moça que se joga da janela (A teus pés), o fã que morava no Carandiru (Memórias dos Cárcere)...
A poesia de Zé da Luz...
É tanto encantamento, que faltam palavras.
Me apaixono toda vez.
E não consigo me isentar de emoção ao falar desses meninos!
E me orgulho de ter artistas assim no meu país.
Que as fotos falem por si:




E o Cd novo está por vir. Aguardemos!
(Há de ser bom, como sempre...)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Virada Cultural 2009

Ouço reclamações sobre a Virada Cultural de São Paulo de quase todo mundo que se "arriscou" pelas ruas do Centro. E sim, eu também notei a sujeira, o tumulto em alguns shows e o excesso de empolgação de alguns "jovenzinhos desmiolados", mas isso, de maneira alguma, atrapalhou minha diversão.

Afinal, somos paulistanos, ou não? Conhecemos de fato nosso povo e nossa cidade, ou não?

A Virada Cultural aconteceu nos dias 2 e 3 de Maio, e estimava 3 milhões de pessoas nas ruas (alcançamos a marca de 4 milhões), indo atrás de espetáculos como em procissão, animados por cervejas e vinhos, e pela companhia de amigos (os de sempre, e os conquistados ali, na hora, em filas, em "muvucas", em danças apertadas no meio da multidão).

Sim, eu já sabia que seria assim!
(Afinal, essa é a 4ª Virada em que passeio apaixonada...)

Por esse motivo, mesmo querendo muito, evitei shows como o da Maria Rita, Zeca Baleiro, Novos Baianos... E atravessei sorridente a Rio Branco, Sta. Efigênia, São João, República, Anhangabaú...

Se eu reparei na bagunça? Sim! Reparei, claro.

Mas era pouco diante da beleza que é ver nossa São Paulo iluminada às 2 da manhã, florida de moças de flor no cabelo, de meninos que sambam rodopiando lindamente, e de som. Porque atualmente não há maior beleza do que poder caminhar aqueles caminhos sem medo da escuridão.

Pra festejar tal liberdade, vimos, ouvimos, dançamos e cantarolamos com:

Cia de Artes do Baque Bolado passeando pela cidade
Farufyno e Trio Mocotó na Avenida Rio Branco
Curumim no Largo da Santa Efigênia
Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé cantando Tim Maia Racional (1975) na São João
Nação Zumbi na Praça da República
Wado, Banda Eddie e Otto no SESC Santana

Se foi bom?
Em boa companhia, o que é que pode ser de todo ruim? hein?!


domingo, 26 de abril de 2009

Que o novo sempre vem


Talvez você se perca na linha do tempo ouvindo os Escadas Rolantes, mas acredite em mim, são de 2009. Meninos fazendo rock. Mais do mesmo?! Se for, que seja bem feito, com as influências certas, com vontade de fazer música e ponto. Eu posso ser suspeita pra falar porque não é de hoje que eu os conheço, mas tão no caminho certo cada vez mais. Ainda bem que eles existem pra eu provar pros meus filhos que na minha geração nem toda banda "de garagem", "de amigo" e que "tava começando" era emuxa e cheia de frescura...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Instrumental SESC Brasil - Ó do Borogodó

Tinha tudo pra ser um fim de feriado parado. Eu realmente não estava em dia com o carnê da cultura e não tinha planos pra terça-feira-Tiradentes. Nada poderia ter caído melhor do que um convite inesperado pra ir ao Sesc Av. Paulista ver o Ó do Borogodó fazendo uma belíssima homenagem a Altamiro Carrilho, com direito a Sivuca e João Bosco de lambuja!

Saí em disparada da minha casa às 17h50 e cheguei na porta do SESC 18h20.. pra minha sorte ainda havia ingressos e já tinha companhia a minha espera. Sem maiores problemas nós entramos, encontramos um bom lugar entre as muitas cabecinhas brancas no pequeno auditório. Um tempo de espera na medida pra colocar o papo em dia e estávamos prontos para ver Gian Correa (violão de 7), Ildo Silva (cavaquinho), Alexandre Ribeiro (Clarinete) e Roberta Valente (pandeiro) dando um show de interpretação: tudo perfeito.

O Instrumental SESC Brasil acontece toda as terças-feira, às 7 da noite. A atração do dia 28 será Raul de Souza, comemorando 55 anos de carreira.

sábado, 4 de abril de 2009

Noite do Ben

10 anos da banda de Los Sebosos Postizos foi comemorado em grande estilo na Choperia do SESC Pompéia nesta quinta e sexta. Sob os acordes e batucadas de Lucio Maia, Pupillo, Gustavo "da Lua" e Chiquinho, Jorge du Peixe solta voz nas músicas animadas de Jorge Ben.


As músicas bem escolhidas, o ritmo contagiante do bom samba-rock, a produção do SESC que não peca em organização, bom gosto e precisão, e um público atento, dançante, sorridente e bonito, fizeram da apresentação, uma festa!


Jorge du Peixe nos presenteia com a promessa de um CD a ser lançado em breve, sob o Selo de Los Sebosos Postizos.
Aguardemos!

Há de valer a pena...



http://www.myspace.com/lossebosospostizos

sábado, 28 de março de 2009

22/03 entrou para a história

O show foi no domingo e ainda hoje eu não encontro palavras para descrever a experiência de estar entre as 30 mil cabeças de rádio na chácara do jóquei. Com tantas resenhas rolando por esse mundo virtual de meu Deus, vou tentar aqui não escrever "mais do mesmo".

O lugar é no fim do mundo à direita, é bem verdade. Eu tava com um pavor REAL de chover, pois além da lama era quase certo que teríamos que enfrentar algamento devido à proximidade do local ao córrego Pirajussara. Porém como disse o site rraurl, contamos com uma mãozinha de São Pedro/ Cacique Cobra Coral que nos ameaçou com um sereno no começo da noite, mas nos brindou com céu estrelado e ventinho agradável. Mas vamos à sequência cronológica.

Cheguei às 18:30, teria chego um pouco mais cedo se não tivesse errado a altura da Francisco Morato em que devia descer para chegar a Chácara. Depois de correr desesperadamente, subi a ladeirinha que dava no palco ao som de "Primeiro andar". A reação de fincar os dois pés numa parte plana, dar de cara com o palco e ouvir os primeiros acordes de "O Vento" foi indescritível: as pernas tremeram, os olhos aguaram e um arrepio passou pelo corpo inteiro... EU ESTAVA LÁ!!

O show dos Los Hermanos foi quase que simbólico. A energia era muito boa, afinal devia haver pelo menos 20 mil fãs saudosos que não ligaram se o som estava baixo, se o barba errou uma virada, Camelo mandou um embromation ou se o Amarante estava DEVERAS chapado... Frases como "Vocês ficam tão lindos daqui de cima" e "Viva a Alegria!" marcaram um show todo meigo e compreensivo dos barbudos enferrujados.
Obs: O Bubu sim, comanda tudo!! Os naipes de metal ao vivo são realmente FODA.
Obs 2: Parte da diversão da platéia (pelo menos próxima a mim) foi gritar "TOCA Mallu! Tchubaruba! Anna Júliaaa" - e eu não sei como nenhum fã xiita não bateu na gente.

Kraftwerk foi tradição mesmo. Pouca coisa mudou do set list do Tim 2004 pra cá, mas há de se respeitar os tiozões do eletro. Os efeitos de palco encheram os olhos, tanto os telões como as luzes e até a troca da ropua preta por uma com um quadriculado de largas tiras brancas (remetendo a uma coisa vetorial/ cartesiana)e os robôs que assumem o lugar dos músicos em The Robots Quem não era fã ficou realmente um pouco entediado, mas dá pra dizer que valeu.

Assim que se apagaram as luzes de kraftwerk, a ansiedade do universo se concentrou na platéia. Agora sim, já havia 30 mil pessoas cobrindo completamente o gramado, um mar cujo fim eu nã ví nem tendo um colo pra me levantar. 21:00, como muitos, fiquei sentadinha contendo a emoção e evitando ser pisoteada. 21:40, já não conseguia ficar sentada. Depois de ouvir muito reggae (? alguém explica?) levantei e pude ver que as colunas de luz já estavam todas colocadas (há quem diga que os roadies eram uma delicinha, mas eu não tava perto o bastante pra dar detalhe). 22h, pontualidade britânica ... o soar das primeiras notas, acordes e distorções levou pôs aquele lugar abaixo "Used to be all right. What happened?" Aconteceu Thom Yorke, Ed O'Brian, Jonny Greenwood, Collin Greenwood e Phil Selway estavam alí, depois de tanta espera (alguns anos pra uns, alguns meses pra outros - o nível de fanatismo era uma besteira perto do tamanho da energia que rolava naquele momento).
O que se seguiu foi o que se pode chamar de espetáculo. O nome "Just a fest" foi de uma humildade quase irônica para o tamanho do show. O áudio também estava um pouco baixo no começo, mas antes do primeiro terço do show estava tudo perfeito... os efeitos luminosos eram surreais e mesmo que não tivesse nada disso um repertório afiadíssimo compensava todos os minutos em pé, as noites mal dormidas, o esforço pra chegar, cada centavo gasto... Pura catarse: pulos, gritos, palmas abraços. Um set com Fake Plastic Trees, Paranoid Android e Karma Police não conseguiria nada menos do que a reação calorosa da platéia paulistana. E quando ninguém acreditava que podia ser mais feliz do que já havia sido aquela noite, depois que algumas luzes do palco já tinham descido e na platéia só sobrava a atenção estática de quero mais, ele voltam... em grande estilo.. com CREEP. Muitos renegam o "hit" do grupo, que chegou a ser chamado de Anna Júlia do Radiohead (eu mesma não concordo, assim como não desmereço Anna Júlia). Mas ninguém ficou indiferente ao velho conhecido(aliás, indiferença não existiu em nenhum dos 145 minutos de show), mas nem eu sabia que ia ficar tão feliz de ouvir aquele primeiro verso "When you were here before", nada se comparado ao refrão cantado em uníssono, no qual duas décadas adolecentes cantanvam suas frustações a plenos pulmões.

Siim gente, eu sei que o banheiro tava sujo, a comida acabou, o preço da água era um abuso. Mas eu fiquei desde as 6 da tarde beber água ou ir ao banheiro e me alimentando das barrinhas de cereal que eu tinha levado e foi um deleite!! Os problemas pra sair por uma ÚNICA saída precisam ser reportados, assim como a precariedade do estacionamento oficial. Mas ainda assim eu não me importei de ficar uma hora esperando dentro do carro pra conseguir chegar na rua, não me importei de chegar em casa as 4 da manhã e dormir uma hora só. FOI A NOITE DA MINHA VIDA!

Agora, resta perseguir blogs, sites e fóruns de discussão. Ver vídeos e acompanhar os últimos shows da América Latina (Argentina e Chile), comparar set list, saber que teve atraso no Chile e que jogaram um tênis no Thom na Argentina (?!?!?!?!- G. Bush mode/on?!)
Tenho vivido a mais forte depressão pós-show da vida, proporcional a alegria de estar lá. Entre as coisas mais bonitas que eu ví está o trabalho do Andrews Ferreira Guedis, que tem editado trechos dos vídeos postados por fãs no youtube, e criado clipes lindos...

Paranoid Android



E deixo o set list completo


Los Hermanos


“Todo Carnaval tem seu fim”
“Primeiro andar”
“O vento”
“Além do que se vê”
“Condicional”
“Morena”
“Andar”
“A outra”
“Cara estranho”
“Deixa o verão”
“Assim será”
“Cher Antoine”
“O vencedor”
“Retrato pra Iá-Iá”
“Casa pré-fabricada”
“Último romance”
“Sentimental”
“A flor”

Kraftwerk
“Intro”
“The man-machine”
“Planet of visions”
“Numbers”
“Computerworld”
“Tour de France”
“Autobahn”
“The model”
“Les mannequins”
“Radioactivity”
“Tee”
“The robots”
“Aerodinamyk”
“Musique non stop”


Radiohead




“15 step”
“There there”
“The national anthem”
“All I need”
“Pyramid song”
“Karma police”
“Nude”
“Weird fishes/ Arpeggi”
“The gloaming”
“Talk show host”
“Optimistic”
“Faust arp”
“Jigsaw falling into place”

"Idioteque"
“Climbing up the walls”
“Exit music”
“Bodysnatchers”

Bis 1
“Videotape”
“Paranoid android”
“Fake plastic trees”
“Lucky”
“Reckoner”

Bis 2
“House of cards”
“You and whose army”
“Everything is in the richt place”

Bis 3
“Creep”

sexta-feira, 27 de março de 2009

La Carne

Rock alternativo de boa qualidade.
O vocalista, Linari, é dono de uma "performance exuberante" animou a platéia do Divina Comédia Bar, em Mogi das Cruzes/ SP, neste dia 27/03.

Vale a pena conhecer:

http://www.lacarne.com.br/
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=1389

segunda-feira, 16 de março de 2009

expectativa

Setlist do show do Radiohead ontem, no México


01--15 Step
02--Airbag
03--There, There
04--All I Need
05--Nude
06--Weird Fishes
07--The Gloaming
08--The National Anthem
09--Faust Arp
10--No Surprises
11--Jigsaw Falling Into Place
12--Lucky
13--Reckoner
14--Optimistic
15--Idioteque
16--Fake Plastic Trees
17--Bodysnatchers

*First Encore*
18--Videotape
19--Paranoid Android
20--House of Cards
21--My Iron Lung
22--Street Spirit (fade out)
*Second Encore*
23--Pyramid Song
24--Just
25--Everything In Its Right Place

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Novos Baianos FC



Os boleiros já podem comemorar, é chegado o fim da entre-safra futebolística. Quem tem um time do coração ou aprecia o esporte sabe como é bom ter quartas e domingos ocupados, e mesmo quem não vê graça em campeonato estadual já se anima com o começo da Copa do Brasil (pequeeenos) e Libertadores da América (Graaaaaaandes!). Mas o blog é de música e a São Paulina aqui não vai deixá-la de lado. O Momento fikdik é

NOVOS BAIANOS!!

O álbum que dá nome ao post traz o classicásso de Dorival Caymmi "O Samba da minha terra", com os sons delicinha de
* Moraes Moreira – vocal, violão base, percussão, arranjos, compositor
* Paulinho Boca de Cantor – vocal, percussão
* Baby Consuelo – vocal, pandeiro
* Pepeu Gomes – guitarra, violão solo
* Jorginho Gomes – bateria
* Dadi – baixo
* Baixinho – percussão
* Bolacha – percussão
* Luiz Galvão – letras

O nome do Album o fez presente, porém meu preferido dos baianos é Acabou Chorare.. só o priemiro lado, com Preta, preta, pretinha, Brasil Pandeiro, Tinindo Trincando e Acabou Chorare
já valia... mas ainda tem outra lado com A
menina Dança e Mistério do planeta


Então é isso... som nas quatro linhas ou futebol no violão.. Você decide!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

.fino coletivo e móveis coloniais de acajú.

Dia 31 de Janeiro, Fino Coletivo e Móveis Coloniais de Acajú se apresentaram na choperia do SESC Pompéia. E foi bom!



Fino Coletivo é leve, Móveis Coloniais de Acajú, divertido.

Com a barriga colada no palco fui delicadamente esmagada, apertada e empurrada, pelos fãs eufóricos do Móveis. (Há um pouco de exagero em tamanha tietagem e desespero, mas os garotos são dignos de muito carinho e admiração).


Destaque para a hora em que ganhei, das mãos do saxofonista Paulo Rogério, um copo d'água.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Retrô... Parte 1

Grávida de uma menina, no dia 22 de janeiro, Teresa Cristina se apresentou no SESC Santana com um repertório feminino dedicado à filha e a essa conquista como mulher.
Com composições próprias, e músicas escolhidas à dedo, de artistas como Chico Buarque e Paulinho da Viola, Teresa Cristina e o Grupo Semente encantaram o público, que as vezes até ameaçava um dancinha apertada no meio das cadeiras confortáveis do Teatro.

Ela, de cetim azul resplandecia um céu...

Cheia de delicadeza e riso, dona de uma voz linda, Tereza dançou e com aquele barrigão dividiu sua felicidade com todos.


Única queixa: assistir um show de Samba sentada, não dá!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Casuarina

Estava eu num sábado preguiçoso zapeando a televisão (coisa rara, é bem verdade) quando tenho a sorte de pegar o Sarau da Globo News bem no comecinho. Adoro o Chico Pinheiro e dificilmente aparece lixo por lá, resolví parar pra assistir e valeu a pena. A grupo casuarina resgata o bom samba (ora tem cara de roda, ora de gafieira) com instrumentistas competentes e apaixonados pelo samba. Os cariocas podem se deliciar com as apresentações do grupo desde 2001 e quem frequenta a Lapa provavelmente já ouviu falar deles e desde 2006 a banda ganha projeção no Brasil e na Europa com o disco homônino de estréia que trazia sambas clássicassos de Cartola, Adoniran e Jackson do Pandeiro. O CD Certidão traz composições do grupo e não fica atras do primeiro.

Porque samba nunca é demais, e nada melhor do que samba novo pra gente acreditar que o mundo da musica tem jeito.

A quem interessar: http://www.casuarina.com.br/