terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Eu náo sei dicer pórtugueis"

Beirut fez o carnaval indie no Via Funchal.




Ressalto Beirut porque eles mostraram que são muito mais que banda de apoio do Zach Condon. Mas comecemos pelo começo.

Uma noite perto da Daslu. Muitos indies. Aqueeele clichê. A nata da social cult estava por lá: Indie-brechó, Indie-teatro, Indie-bukowski, Indie-pai, Indie-filho. Eram barbas, cabelos e bigodes. Chapéus-coco, boinas e panamás. Xadrez, all-star, reverbcity, conto do vigário, nonsense, needles & pins, sound & vision e mais (inclua sua enumeração indie aqui). E valeu a pena chegar antes pra fazer o people wathcing nosso de cada dia e chegar a essas conclusões.

Valeu a pena chegar mais cedo? Opa, retiro o que eu disse. Quem dera atrasar e perder a “banda” de abertura. Manacá entrou no palco com aquele ambiente de churrascaria. As pessoas procuravam sua CADEIRAS (erro 1: show sentado) enquanto a banda assassinava “Canto de Ossanha” (erro 2, muito pior).

É meus amigos, nada é bom demais que não possa ter o dedo da Dona Globo pra botáafudê. A banda da Capitolina tinha que dar o ar da graça pra justificar o sucesso de “Elephant Gun”. O mais engraçado é que a banda é, de fato, da Capitolina. Leticia Persiles tá precisando de uma desobsesão pra se livrar na personagem da microsérie. A atitude forçada, a voz fraquinha e a miscelânia errada de culturas garantiu um espetáculo de interrogações na platéia: O que essa mina tá fazendo aí?

Salvou-se Toninho Ferraguti, Claro. Mas por favor, muito pesudo essa mistura de marcatu, milonga, música clássica, rock pesado e bossa nova. Mais sorte da próxima vez, Manacá.

Mas aí veio Beirut e ninguém mais se importou. Começou logo com Nantes e a plateia por sí corrigiu o erro 1: todo mundo de pé, de forma bastante civilizada, inclusive respeitando a divisão monetária do negócio. Pagou menos, ficou atrás, não reclamou. Não demorou muito pra tocarem “Elephant Gun” que não foi tão cerejinah do bolo quanto eu imaginava. QUE ÓTIMO. A animação do público era tão grande que não teve muita diferença entre o hit e o resto. Tudo igualmente animado, uma beleza!

LEÃOZINHO! LEÃOZINHO! Se a plateia não cala, Zach arrisca o refrão e diz que esqueceu a letra (oh fuck!) e o baixista dá uma palinha só pra gente passar vontade. Decepcionou ? Talvez. Comprometeu? Jamais! Até porque teve Brazil, sambinha do bom pra inglês ver. Javanaise, Serge Gainsbourg pra ano da França do Brasil nenhum botar defeito!

Uma salva de palmas a todos os músicos do coletivo: mesmo com formação reduzida a banda não decepcionou. Paul Collins animadíssimo. Ao menos, penso que era ele. Os nerdinhos trocam tanto de intrumento que é díficil encotnrar a informação certa de quem é quem.

“Toca Raul”, Zach divertiu, se divertindo. Magnetismo deve ser a palvra. Sintonia de muitos. Uma coisa forte.

Fimzinho. “This will be our last song. It would be nice if you came close to the stage”. SIIIM, todo mundo pra área Vip, mas longe do caos baiano. Mostramos o que os baiano não tiveram, um público educado. anfitriões que sabem se portar como bons convidados. O Zach também não tava ridiculamente bêbado e parece ter curtido de verdade mesmo o show. Foi lindo demais, foi lindo. De tão lindo, a platei barulhentíssima e muito preseverante ganhou até uma canjinha pós bis.




O via Funchal era uma festa.



Setlist
1.Nantes
2.The Shrew
3.Cozak
4.Elephant Gun
5.Scenic World
6.My Wife
7.Postcards from Italy
8.The Akara
9.La Javanaise (Serge Gainsbourg cover)
10.Mount Wroclai (Idle Days)
Encore:
11.Cherbourg
12.A Sunday Smile
Encore 2:
13.Brazil
14.Siki Siki Baba (Kocani Orkestar cover)
15.My Night With The Prostitute From Marseille
Encore 3:
16.Gulag Orkestar

Um comentário:

Anônimo disse...

quero ver WAGON de novo ao vivo, canta o fã da vocalista.