
Um calor de matar, todo mundo derretendo, ambulantes enfiando a faca no preço de tudo. Nada disso conseguiu estragar o show do "legendário" (como disse Zuza Homem de Melo) saxofonista.
Cheguei no Ibira umas 10:50 e dei a sorte de ouvir a passagem de som. Pro meu espanto o gramado que dá para os fundos do Auditório já se encontrava bastante povoado por alternativos cults (ui), quarentões abastados-com-cara-de-quem-é-sócio-do-clube-de-whisky, músicos de gabarito (inclua aí Alex Buck), velinhos estilosos e simpáticos, hippies que tavam de passagem e uma ou outra mulher.
Eis que sobe ao palco o quinteto: Rollins no sax tenor, Robert Broom Jr. na guitarra, Clifton Anderson no trombone, Kobie Watkins na bateria e Robert Cranshaw no baixo... Tudo e mais um pouco que se pode esperar de um GRANDE show de jazz... Músicos que sabemm dialogar e controlar seus respectivos instrumentos, clássicos, influências de outros estilos e execuções de tirar o fôlego. A platéia ficou toda sentadinha até a hora do bis, que merece reportagem cuidadosa: Na volta para o palco Rollins mandou "Isn't she lovely?" de Stevie Wonder e imendou com o classicásso St. Thomas, com um arranjo envolvente no qual dava pra perceber a diversão dos músicos... coisas de jazz!!
Pois é, quem levantou relativamente cedo (10 da manhã pra jazzistas notívagos é madrugada, vai?!), teve a manhã de aguentar o solão e pagar R$3,50 pela garrafinha de água, ganhou de presente um show único, memorável ...programasso do sabadão de manhã.
(E um momento fik dik: Depois do show dei uma bela caminhadinha até o Pé do Parque, restaurante na Rua Nhambú - opções naturebinhas, pessoas e cães bonitos e serviço rápido. - Nota dez pro Smoothie Berry e pra porção de frango com shitake e cebolinha)
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